Santos e Peñarol ficam no empate e decisão fica para o Pacaembu

Foto: Wesley Santos/AE
16/06/2011

Por: João Prata

Santos e Peñarol ficaram no empate sem gols nesta quarta-feira, no Estádio Centenário, em Montevidéu, no primeiro jogo da decisão da Libertadores. O resultado é bom para o Peixe, que agora garante a taça com uma vitória simples, na próxima quarta, no Pacaembu – vale lembrar que na final não vale mais o gol fora de casa.

Os Meninos da Vila não se incomodaram com o estádio lotado e foram melhores na partida. O Santos teve mais domínio de bola, mas o Peñarol também assustou nos contra-ataques.

O problema para o Alvinegro Praiano foi que o árbitro não caiu nas firulas do Neymar. O jovem santista, sempre bem marcado, teve atuação discreta e apareceu mais pelos inúmeros adereços do que pelo futebol. Com luzes no cabelo, chuteira branca e duas munhequeiras, Neymar também foi o único a entrar em campo usando de luvas.

Jogo tenso

As duas equipes sentiram a decisão da Libertadores e começaram a partida errando muitos passes. O Santos estava nervoso e a zaga vacilou logo aos seis minutos. O atacante Oliveira aparece livre na direita, mas Rafael saiu do gol e divide com o jogador.

Neymar era marcado por dois jogadores. Um em cima dele e outro na sobra. E, por simular uma falta logo no início, recebeu cartão amarelo. O jovem craque só dominou uma bola mesmo aos 20 minutos.

Com espaço, ele arrancou da intermediária, tabelou com Zé Eduardo e rolou para Alex Sandro, que mandou uma bomba. Sosa mandou para escanteio. Após a cobrança, Bruno Rodrigo cabeceou no travessão.

O Santos acordou após a boa chance e passou a controlar a partida. Aos 25, novamente Neymar tocou para Alex Sandro bater fraco para o gol.

O Peñarol se limitava a explorar os contra-ataques. Fraco tecnicamente, o time uruguaio só criou chances de gol graças a vacilo dos santistas. Aos 43, a zaga do Peixe tentou fazer linha de impedimento e deixou o zagueiro Guilhermo Rodríguez cabecear livre, mas sem força. No minuto seguinte, Dario Rodriguez apareceu sem marcação na esquerda e mandou para fora ao tentar encobrir o goleiro.

Neymar tira as luvas

No segundo tempo, Neymar tirou as luvas pretas. Já o panorama da partida continuou igual. O Santos no ataque e o Peñarol inteiro recuado. Logo aos 4, o Peixe criou ótima chance, mas Zé Love, livre, chutou em cima do goleiro.

O Peñarol assustava pouco e o time brasileiro matinha maior posse de bola. Aos 26, Alex Sandro foi à linha de fundo na esquerda e cruzou. Ze Love ganhou pelo alto do zagueiro e a bola tirou tinta da trave.

O perigo despertou o time uruguaio que teve três boas chances na sequência. Martinuccio bateu fraco da entrada da área e Rafael defendeu. No lance seguinte, Oliveira chutou para fora.

Com a queda de rendimento do Santos, Muricy optou por tirar Elano, que estava apagado em campo e colocou Alan Patrick. Pouco depois, Arouca arrancou do campo de defesa, passou por dois marcadores e, da intermediária adversária, tocou para Neymar, que bateu para defesa de Sosa.

Nos minutos finais, o Peñarol partiu para cima do Santos e chegou até a marcar. Alonso recebeu cruzamento em posição irregular e mandou para a rede. O assistente assinalou corretamente impedimento. E foi só. Agora o Santos tem a oportunidade de conquistar o tricampeonato da Libertadores diante de sua torcida.

FICHA TÉCNICA:

PEÑAROL (URU) 0 x 0 SANTOS

PEÑAROL (URU): Sosa, González, Valdez, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Freitas, Aguiar, Corujo (Pacheco) e Mier (Estoyanoff); Martinuccio e Oliveira. Técnico: Diego Aguirre

SANTOS: Rafael, Pará, Bruno Rodrigo, Durval e Alex Sandro; Adriano, Danilo, Arouca e Elano; Neymar e Zé Eduardo. Técnico: Muricy Ramalho

Estádio: Centenário, Montevidéu (URU)
Data/hora: 15/6/2011 - 21h50
Árbitro: Carlos Amarilla (PAR)
Auxiliares: Nicolás Yegros (PAR) e Rodney Aquino (PAR)
Cartões amarelos: Martinuccio, Corujo e González (PEN) e Neymar e Arouca (SAN)

eBand Esporte

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